Uma cozinha moderna, embora não seja o critério diferenciador per si, dado que existem múltiplos fatores relevantes, na relação interpessoal dos vários membros duma família e na dinâmica do próprio grupo, pode contribuir para que o número de refeições tomadas em família por semana aumente, se esse espaço incluir todas as funcionalidades adequadas para esse fim comparativamente com a situação duma cozinha inadequada e sem as condições ótimas para cumprir esse propósito.
Acontece que, no estudo “Correlations Between Family Meals and Psychosocial Well-being Among Adolescents“, conclui-se que existe uma relação inversa entre o número de refeições partilhadas em família por semana e o consumo de tabaco, álcool e marijuana, notas baixas na escola, sintomas de depressão e incidentes de suicídio, nos jovens adolescentes.
Ou seja, quanto maior o número de refeições partilhadas em família, no decurso duma semana, menor o risco de acontecerem essas situações de risco.
Penso que podemos reforçar através deste estudo a ideia da importância da família no desenvolvimento saudável dos jovens adolescentes e que a partilha de refeições em família é uma das atividade que contribui para enriquecer e fortalecer esses laços de interatividade e interdependência entre membros da mesma família, para além de fornecer experiências práticas e frequentes de sociabilização e comunicação interpessoal a esses jovens adolescentes.
Ora, o espaço onde esse convívio acontece, não é um fator neutro. Logicamente, um espaço funcional e esteticamente agradável contribui para que essa experiência seja mais positiva e até facilita a experiência, numa relação inversa com um espaço desfuncional e esteticamente desagradável.
A cozinha é um dos espaços mais importantes de qualquer casa de morada duma família e merece um investimento material, mas também afetivo, proporcional a essa importância.